Apae sofre com a falta de repasse de 8 mil reais da Prefeitura; presidente chora

Protesto e pedido de respeito
JBO

Alunos e servidores da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) fizeram agora a tarde uma manifestação pacífica na praça da Prefeitura de Ilhéus, exigindo do prefeito Jabes Ribeiro, o imediato pagamento de parcelas de janeiro a abril do convênio junto ao Governo Federal (verba carimbada), que deveria estar sendo repassada para a entidade através do Fundo de Assistência Social do município. Através de uma carta aberta à população, a Apae disse se encontrar completamente impotente diante da situação que define como "vexatória".

O repasse federal, de apenas 8 mil reais por mês, é todo utilizado para pagamento dos 26 funcionários da instituição, mais encargos como FGTS, INSS, energia, telefone, vale transporte, dentre outras despesas. O restante da manutenção da entidade é feito através de ajuda financeira da sociedade de Ilhéus, doações efetuadas pelo sistema de telemarketing.

A entidade lembra que o atraso no pagamento causa uma série de transtornos, inclusive emocionais, em pessoas que têm a obrigação de realizar um bom trabalho com pessoas com deficiência intelectual e múltipla. "Esperamos que se resolva imediatamente esta situação desesperadora, para que não haja interrupção na continuidade dos nossos trabalhos", afirma em documento. "O trabalhador da Apaes de Ilhéus vê a sua dignidader sendo desrespeitada", concluem.

Segundo a presidente da Apae, Socorro Pastor, o convênio é uma exigência legal que deveria estar em vigor desde 30 de janeiro. Mas até agora não foi firmado. Na Câmara de Vereadores, a presidente da Apae chorou. "Me sinto impotente diante desta situação em que funcionários estão com aluguel atrasado, sem comida em casa, água e energia cortados. Me desculpem pela emoção mas é dificil suportar".